FORÇA INVICTA CONCLAMA GOVERNADOR PARA DISCUTIR SOLUÇÕES REFERENTES À SEGURANÇA DA ATIVIDADE POLICIAL
CARTA ABERTA AO POVO BAIANO
A Bahia está perplexa. A Polícia Militar está de luto. Dois Policiais Militares foram sequestrados e mortos a tiros durante a madrugada desta segunda-feira (23) no município de Bom Jesus da Lapa, distante cerca de 770 quilômetros da capital baiana, quando, heroicamente, exerciam com comprometimento e dedicação a sua nobre missão de defender a sociedade e o seu patrimônio, com o risco das suas vidas.
Preocupa-nos ver a escalada da violência ganhar tamanha proporção, ao ponto de ver a ousadia de grupos armados e organizados enfrentarem o Estado ceifando a vida de seus agentes, em especial daqueles, responsáveis pela última fronteira institucional de proteção do nosso povo – a Polícia Militar.
A resposta do Estado e da Corporação foi imediata com a instalação de um Gabinete de Crise na sede da 38ª CIPM e o envolvimento direto de dezenas de guarnições reforçadas de radiopatrulhamento das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (CIPE), do BOPE, do Grupamento Aéreo (Graer) e de outras equipes especializadas da PMBA, além de policiais civis, federais e rodoviários federais. Esperamos que imediatamente a justiça seja restaurada, nesse caso.
A direção da Força Invicta, representante de parte dos profissionais de segurança pública do Estado da Bahia, preocupada com a garantia da segurança e da integridade física de todos os policiais militares, em especial dos lotados nas centenas de destacamentos de polícia distribuídos em todo o interior da Bahia, conclama o governador do Estado a reunir sua equipe e entidades de classe destes trabalhadores para estabelecer um diálogo construtivo que defina as ações estatais de cunho institucional de curto, médio e longo prazos a serem desencadeadas pela área sistêmica, a fim de rever modelos de segurança pública, dando à Pasta, um cunho mais técnico e menos político, com vistas a tranquilizar os nossos guerreiros no cotidiano do seu mister, de modo que esta trágica notícia não volte mais a se repetir.
Entendemos que estes postos de serviço devam, de imediato, ser reforçados na medida do possível, diante da realidade em termos de efetivo da Corporação, o que não solucionaria o problema, mas o mitigaria minimamente. Este reforço deve ser revisto novamente em médio prazo quando da ampliação do efetivo mediante novo concurso público. A essa medida entendemos que muitas outras devem ser seguidas em vários espectros da concretude da segurança pública baiana, a fim de que nossos milicianos tenham a justa e merecida condição de executar o seu trabalho com o mínimo de tranquilidade que lhes permita continuar sendo comprometidos e dedicados.
A vida do policial militar é muito importante. Esperamos que o governador tenha o mesmo entendimento e nos convoque para juntos construirmos uma solução à altura deste valoroso trabalhador.
Em luto,
Força Invicta
A Instituição Polícia Militar não poderá mais ser concebida como instrumento de discurso político de quem está em exercício de governo. A PMBA é uma corporação de credibilidade e força, não pode estar submetida a propósitos ideológicos de quem não tem a capacidade técnica, nem o interesse em uma política de uma verdadeira segurança pública. Muito a que se fazer para mudar a mentalidade dos nossos dirigentes institucionais, por que estão sempre limitados às circunstâncias políticas, infelizmente, com o afã de cumprir metas meramente políticas, mas muito distante das preocupações de proteger a população sem o sacrifício de nossos milicianos (falta equipamentos adequados). Chega de acharmos que “somos bois de piranhas”, heróis mortos, ou que devamos nos colocar prontos a servir derramando sangue, literalmente, sem as preocupações de proteção de nossa vida e de nossa família e da nossa própria proteção profissional, quando nem temos segurança jurídica para atuar, nem uma estrutura a nosso favor, exceto a nossas entidades de classe, as únicas! Ainda bem! Graças a Deus!.