ASSOCIADAS HONRADAS COM PRÊMIO MARIA FELIPA 2021

No próximo dia 25 de julho – data em que se celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha – duas de nossas associadas serão homenageadas pela Câmara Municipal de Salvador com o Prêmio Maria Felipa 2021. Assim como no ano passado, a honraria será transmitida pelo canal do Youtube da Casa Legislativa, em virtude da pandemia pelo novo coronavírus. As associadas a serem premiadas são: a Comandante da Ronda Maria da Penha, Maj PM Tereza Raquel Araújo da Paz, e a Comandante da 12ª Companhia Independente de Polícia Militar Rio Vermelho/Ondina, Maj PM Érica Patrícia Santos Silva.

Em entrevista à Força Invicta, elas contaram sobre o reconhecimento diante dos trabalhos que executam, os quais têm servido de base para o fortalecimento das mulheres, dos negros e das comunidades que atuam. Muito agradecida, a Comandante da Ronda Maria da Penha, Maj PM Tereza Raquel, destacou: “Com pouco mais de cinco meses à frente da Operação Ronda Maria da Penha, ser indicada ao Prêmio Maria Felipa 2021, representa, para mim, o reconhecimento de que o trabalho que temos desenvolvido naquela Unidade, com o empenho de todo o efetivo, está cada dia mais fortalecido. Para além do reconhecimento profissional, estar entre as premiadas significa a oportunidade de reafirmar meu compromisso pessoal em seguir com coragem, assim como fez Maria Felipa, dando a minha contribuição para a transformação da história de todas nós, mulheres”.

Também lisonjeada com o prêmio, a Comandante da 12ª CIPM Rio Vermelho/Ondina, Maj PM Érica Patrícia, enfatizou: “Agradeço a ancestralidade, as guerreiras que construíram nossos passos até aqui, aos meus pais e divido esta honraria com todas as meninas e mulheres pretas da nossa sociedade. O Prêmio Maria Felipa representa a materialização do reconhecimento e valorização da luta diária da mulher preta em um Estado onde o negro se encontra em sua maioria, mas que faz parte de uma luta constante para garantir seu espaço, seja no mercado de trabalho ou para ser respeitado e reconhecido em uma sociedade que impõe o contraditório. É preciso resistência, resiliência e coragem!”.

Um discurso comum entre essas duas mulheres aguerridas, empoderadas e líderes natas para superação dos obstáculos é a presença e apoio das famílias nas tomadas de decisão e a dedicação aos estudos, os quais permitiram que hoje elas pudessem ocupar os espaços de poder que estão reafirmando que o lugar da mulher é de fato onde ela quiser.

Em 2018, outra de nossas associadas foi agraciada com o Prêmio Maria Felipa, a atual Diretora Social da Força Invicta, Ten BM Marijane Messias Santana.

O Prêmio e sua iniciativa

Realizado há mais de dez anos, o prêmio é inspirado na figura feminina de uma das maiores líderes da Independência da Bahia, o qual, além das nossas associadas, homenageará outras tantas mulheres negras que atuam em diversos setores e são ativas na luta por direitos, representatividade e no combate ao racismo em Salvador. Entre as quais estão: a advogada Dandara Pinho; a inspetora da Guarda Civil Municipal, Jussimara Viana; a vereadora Cris Correia; a dermatologista Hadassa Barros; a administradora e ativista Itaijara Souza; a cantora Lizandra Gonçalves; a pesquisadora Bárbara Carine Soares Pinheiro; a empresária Nay Megas; a titular da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordelo; a prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga; a psicóloga Jeane Tavares; a dançarina Sara Verônica; a empresária Flávia Santana; a psicóloga Mafoane Odara; e as jornalistas Hamali Pestana, Tairine Ceuta, Lorena Alves, Luana Souza, Georgina Maynart e Yasmin Santos.

Já na sua 12ª edição, o Prêmio Maria Felipa é de iniciativa da vereadora Ireuda Silva (Republicanos-BA), que também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara Municipal de Salvador.

Maria Felipa

Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia. Em 1823, liderou um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.

Maj PM Tereza Raquel Araújo da Paz

Natural de Alagoinhas-BA, a Maj PM Tereza Raquel concluiu o Curso de Formação de Oficiais em 2001. Formou-se em Licenciatura em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz e se especializou em Segurança Pública pela Academia de Polícia Militar Cel PM Antônio Medeiros de Azevêdo. Ao longo de sua carreira profissional realizou diversos cursos de qualificação com curta duração e acumula relevantes experiências, tais quais: Adjunta ao Chefe da UPO – Unidades Operacionais e Coordenadora do CEFS – Curso Especial de Formação de Sargentos do 11º BPM – Batalhão de Polícia Militar/Itaberaba (2002); Adjunta ao Chefe da UPO, Relações Públicas e Chefe da CPL – Comissão Permanente de Licitação, Corregedora Setorial, Comandante de Companhia e Chefe da CAAF – Coordenação de Apoio Administrativo e Financeiro do 15º BPM (2003/2010/2013); Chefe da Secretaria, Almoxarifado e Aprovisionamento da 8ª CIPM Itapetinga (2005); Chefe do Setor de Comunicação e Ouvidoria, Chefe da SMP – Seção de Material e Patrimônio do Colégio da Polícia Militar Rômulo Galvão – CPM/Ilhéus  (2006); Subcomandante da CIPRv – Companhia Independente de Polícia Rodoviária/Itabuna (2012); e Chefe da Seção de Licitação e Contratos, Gestora de Contratos da DMT – Departamento de Modernização e Tecnologia/Salvador (2015). O Comando da Operação Ronda Maria da Penha foi assumido pela Maj Tereza Raquel em 29 de janeiro de 2021.

Sobre a Ronda Maria da Penha

Criada em março de 2015, no Subúrbio Ferroviário de Salvador (local com o maior número de vítimas de violência doméstica da cidade), durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher, a Ronda Maria da Penha atua na assistência às mulheres baianas com medidas protetivas decretadas pela Justiça e se consolidou como um serviço de qualidade e proteção às mulheres em situação de violência doméstica. Ao todo, são 22 Unidades espalhadas pela Bahia.

Conheça mais sobre a Ronda Maria da Penha em: http://www.mulheres.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=36.

Maj PM Érica Patrícia Santos Silva

Natural de Salvador-BA, a Maj PM Érica Patrícia concluiu o Curso de Formação de Oficiais no ano de 2002. Formou-se bacharel em Direito pelo Centro Universitário Estácio da Bahia – FIB e se pós-graduou em Ciências Criminais pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e pela Universidade Cândido Mendes. Desde a sua formação, a Maj PM Érica Patrícia desenvolveu atividades operacionais e administrativas relevantes dentro da PMBA, exercendo funções que demonstram uma ascensão profissional constante e de relevância estratégica da Corporação, destacando-se os cargos de Ajudante de Ordens do Gabinete do Comando Geral (2012 a 2015) e Chefe da Seção de Apoio e Decisões Estratégicas do Comando de Policiamento Regional da Capital Atlântico (2019), além das funções de Subcomandante de Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar – Camaçari (2003); Chefe da Seção de Comunicação Social, Corregedora Setorial e Ouvidora do 12º Batalhão de Polícia Militar da Bahia – Camaçari (2008); Corregedora Regional, Comunicação Social e Ouvidora do Comando de Policiamento Regional da Capital Atlântico (2015). A Maj PM Érica Patrícia foi nomeada para o cargo de Comandante da 12ª Companhia Independente de Polícia Militar Rio Vermelho/Ondina em 19 de março de 2020, onde vem desenvolvendo um importante trabalho junto a Comunidade, com o fortalecimento da Polícia Comunitária.

Sobre a 12ª CIPM Rio Vermelho/Ondina

Em setembro de 2020, a 12ª CIPM, já sob comando da Maj PM Érica Patrícia, pela primeira vez, recebeu a Cerificação de Qualidade e Excelência na Gestão, reflexo de um conjunto de medidas inovadoras de combate ao COVID-19 e de manutenção da ordem pública em um período tão delicado. A Companhia abraçou o Projeto Solidário, uma parceria com o Conselho Comunitário e de Segurança do Rio Vermelho que oferta as Comunidades em vulnerabilidade social, a distribuição de cestas básicas, realização de bazar social, Curso para Porteiro e Vigias, Curso para Cuidador de Idosos e a realização da Patrulhinha das Letras, levando história e lazer para as crianças do local, além do apoio através de doações de fraldas, gêneros alimentícios e cobertor às crianças atendidas pelo ION (Instituto de Organização Neurológico da Bahia), NACCI (Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil) e APADA (Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos).

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