PORQUE É IMPORTANTE FALAR SOBRE CONSCIÊNCIA NEGRA?

Esse grande movimento que chega no mês de novembro para nos alertar sobre o papel do negro na sociedade é também uma oportunidade para que pautas sobre o racismo e a violência contra o povo negro, especialmente aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social, sejam discutidas nos diversos ambientes sociais.

Para além disso, é conscientizar toda uma população contra atos preconceituosos de discriminação e racismo, é aprender sobre a própria história e reconhecer a importância do negro na formação do nosso País. É fazer conhecer suas lutas e resistências, inclusive suas iniciativas de promoção da equidade, é incluir, é exibir o lado empreendedor para os negócios que o negro tem e as contribuições que trazem não só para cultura, arte, religião e gastronomia, mas também para economia, saúde, literatura, tecnologia, entre tantos outros setores sociais.

Falar sobre consciência negra é reconhecer que o racismo é um problema estrutural e, diante disso, as empresas e organizações precisam adotar uma postura institucional antirracista. Outro aspecto importante para quem deseja de fato combater o racismo e as mazelas decorrentes dele é garantir representatividade de raças e etnias nos espaços coletivos de decisão e tornar o negro protagonista da própria vida. E é isso que a Força Invicta vem adotando como prática.

No ano de 2020, a gestão decidiu por promover mudanças significativas na Diretoria Executiva, incluindo a primeira mulher neste espaço decisório. Advinda do Quadro de Oficiais Auxiliares do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, a Ten BM Marijane Messias, que é também uma mulher negra, tornou-se Diretoria Social. Seu pioneirismo demarca a história da entidade e abre as portas para que outras também possam ocupar este mesmo espaço de poder, fazendo valer o seu protagonismo dentro de um espaço majoritariamente formado por homens e brancos.

Vale ressaltar que a Associação também possui iniciativas que vêm promovendo um espaço de igualdade entre os associados, na difusão de trabalhos intelectuais, a exemplo da Mostra de Livros, do Estante de Livros e do projeto intitulado Artigos Científicos. São concepções que não estão necessariamente voltadas para a pauta racial, mas que criam um ambiente de difusão de conhecimentos, dos mais diversos gêneros, dentro de uma perspectiva de igualdade entre os associados produtores de saberes.

As abordagens temáticas sobre preconceito e discriminação, entrevistas com membros da PMBA atuantes no enfrentamento ao racismo, a exemplo da que foi realizada com o Ten Cel PM Paulo Sérgio Peixoto da Silva, e a participação de representantes da Força Invicta em eventos com mesmo propósito são também parte das ações encabeçadas pela entidade.

Por isso, para além do tanto que já foi dito, falar sobre consciência negra é educar para o respeito, empatia e solidariedade com o próximo, independente de raça, etnia, gênero ou orientação sexual. É fazer compreender e aceitar que somos todos iguais, mesmo diante da diversidade.

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